Conforme a humanidade evolui, com elas aparecem algumas palavras que vão se tornando necessárias no dia a dia. Palavras que aprendemos a usar pra tornar tudo mais fácil e prazeroso. Ainda me lembro da palavra Síndrome do Pensamento Acelerado do livro de Augusto Cury que relata a nova doença do século. A evolução pode ser muito boa, mas com ela vêm também doenças, problemas, insatisfações e é aí que entra a palavra Desacelerar, o tema de hoje.
Hoje com as novidades que surgem na tecnologia, no entretenimento, na moda, na beleza, nas livrarias, falta-nos tempo pra estarmos por dentro de tudo isso. Com as vastas contas que aparecem na telefonia, televisão, aplicativos, conteúdos, cursos, cada vez mais vemos nosso dinheiro saindo, mas o que entra ainda é a mesma coisa e pra resolver isso, muitos optam por ter mais de um trabalho, o que tira o tempo para aproveitar das tantas novidades que surgem. E nessa bola de neve nos esquecemos do mais importante, viver. E é aqui que entra a palavra Desacelerar.
Um tempo que tiramos pra nós, para tomar um café, caminhar na natureza, sentar numa praça e observar o arredor, os pássaros, as outras pessoas, as arvores, ouvir o som da natureza. Isso é o ato de desacelerar. Sair da rotina, sair do caos, parar e dedicar o tempo pra você. Mas não vale levar o celular.
No livro Nação Dopamina a autora diz que as pessoas não conversam mais, elas se entretêm juntas. Eu aprendi a desacelerar quando eu perdi a minha atividade, quando minha velocidade foi alguns passos por dia. A correria não nos permite ver tanta coisa. Quantas viagens eu fiz correndo, sem sentir o lugar, porque o que importava mesmo era o numero de lugares que visitei e não a qualidade da visita.
Desacelerar é importante para ouvir sua própria voz, suas próprias vontades. Ter um encontro com você mesmo. Ações que hoje estão se tornando em extinção, mas que são importantes pra levarmos uma vida mais saudável e de maior valor. Os conceitos de viver estão sendo cada dia mais mudado e desacelerar pode ser um caminho pra impedir de viver o caos.
Por Fernanda Rainha