A escolha é sempre dura. Ela não facilita, porque existem sempre dois lados e os dois lados existem sempre vantagens e desvantagens. A escolha de uma coisa implicará em algum momento quando a desvantagem aparecer a falsa idéia de que a escolha foi errada. Não queremos errar, e muito menos sofrer. Quando as coisas não saem como planejadas, como queremos, quando dá errado, vem imediatamente o sentimento de escolha errada. Ninguém gosta de perder ou ter que assumir que deu errado. Mas isso é assunto de outro tema.
Toda escolha seja ela A ou B terá os dias de frutos, depois os dias de seca, que quando passar chega de novo os dias de frutos. Mas é incrível como é difícil manter o controle nos dias de seca.
Diante de uma escolha, estar preparado para quando chegarem os dias de seca faz toda a diferença no sucesso. Esse é o ponto principal. Quando dominado, qualquer escolha fica fácil.
Escolha de qual presente comprar? Ou qual roupa usar? Qual cor? Isso tudo está muito ligado ao fator pertencimento. O homem tem necessidade de pertencer a um grupo, a uma tribo. Nós queremos estar por dentro do nosso grupo. Ir contra a tribo é colocar o pertencimento em risco. A difícil arte da escolha aqui está ligada á, como o grupo ou a sociedade vai me ver com minha decisão. Queremos escolher o verde e ser amado por todos. Mesmo que essa tarefa seja impossível. Estar em paz com nossas escolhas e acreditar que elas não nos tirarão do nosso grupo pode ser um bom ponto de partida para não sofrer com a indecisão da escolha certa ou errada.
Algumas escolhas poderiam até ser mudadas. Poderia voltar atrás. Mas o que já se escreveu a partir da escolha não pode ser apagado, então eu não chamaria voltar atrás e sim fazer uma nova escolha de voltar atrás.

Escolhas são difíceis. E trazem muitas vezes perdas e ganhos.
Focar nos ganhos e transformar as perdas em novas oportunidades ou aprendizados pode ser uma saída mais fácil.
Toda escolha é certa. Se confiarmos e acreditarmos nela.
Por Fernanda Rainha